quarta-feira, 15 de junho de 2016

Não tenho o livro que eu quero. E agora?

Saudações aventureiros da Arena RPG!

Estou já há algum tempo procurando o livro do RPG Shadowrun, que é um universo crossover de fantasia medieval com cyberpunk, mas não tenho tido muito sucesso nesta empreitada. O jogo é antigo, teve reimpressões, mas sempre que o vi em alguma prateleira, outro título me chamou mais a atenção ou faltou grana. :(

Ora, um dos motivos pelos quais jogamos RPGs é podermos usar a imaginação e acho que, neste caso, eu mesmo terei de criar a solução para o meu problema. Com a falta de disposição física de material oficial pretendo fazer uma adaptação de materiais de outros livros. Acredito que minhas propostas aqui presentes serão mais úteis para quem pretende mestrar, mas sempre é bom ter acesso a novas ideias.

Muito bem, eu tenho alguns livros que pretendo usar, como GURPS Cyberpunk, GURPS Fantasy e GURPS Cthulhupunk. É, tem muito GURPS nesta lista, mas o material deles geralmente é bastante rico em referências e apesar de ser um sistema de regras bastante complexo, podemos praticamente ignorar este último aspecto.

Acho necessário definir, primeiramente, o tipo de mundo que pretendo criar. Um mundo onde atingimos um nível de tecnologia bastante avançada, mas é também um mundo onde a magia é real. Shadowroon ambienta-se no mundo real, com países reais, enquanto a fantasia medieval mais tradicional cria mundos diferentes pra cada história que se pretende contar. Pessoalmente acho mais cômodo usar um mundo que eu mesmo criarei do que usar nosso mundo real e cometer alguma gafe durante um encontro de jogo. Algumas pessoas podem achar esquisito você usar referências erradas e isso pode prejudicar uma sessão se você não conhece bem os outros jogadores.

Como eu defini que criarei o mundo, from scratch, tenho algumas liberdades pra definir certas coisas. Desenvolveremos nosso cenário usando um típico mundo de fantasia medieval como alicerce. Se o posterior desenvolvimento tecnológico deste mundo foi semelhante ao nosso, eles tiveram um momento onde ocorreu algo semelhante à nossa revolução industrial. O mais próximo que temos disso na fantasia é o gênero Steampunk, mas esse não é exatamente o lugar onde quero chegar. Porém, considerando que este momento existiu, se os personagens visitassem um museu, ele exibiria artefatos desta época. Além disso, os artefatos modernos devem ser tão mágicos quanto aqueles que vemos no gênero Steampunk ou artefatos mágicos caíram em desuso?

Acho que seria muito bacana se os artefatos modernos ainda fossem imbuídos de energias mágicas, como um computador encantado com uma runa que o permite mostrar lugares onde não há câmeras de segurança ou uma roupa que torna quem a veste invisível. Um jogo que traz ótimas ideias nesta linha é o já antigo Hellgate: London, onde é possível desmontar os equipamentos em peças e remontá-los como outros, caso você tenha a receita de um novo equipamento. O lance de Hellgate é que um equipamento mágico desmonta peças mágicas e um equipamento único, desmonta peças únicas. Você pode desmontar tudo que não tem relação com tua classe e remontar aquelas peças usando as receitas mais adequadas à ela.

Depois de tudo definido, que tipo de quest devemos apresentar aos jogadores? Cyberpunk é muito orientado a one shots enquanto os Fantasy brilham quando travamos campanhas. Seria possível encontrar um meio termo, uma campanha que não dure muitas sessões de jogo? Talvez essa seja até a resposta pra esse momento onde ninguém encontra tempo pra juntar uma turminha pra um jogo casual. Uma aventura que precise de duas ou três sessões provavelmente irá manter a curiosidade dos jogadores pra saber o que acontece depois que o grupo chega, finalmente, ao cassino do Orc mafioso, mas o Luiz e a Bianca tiveram de ir embora pois já estava tarde.

O que fizemos aqui está longe de terminar, pois há muita coisa ainda pra inventar, mas o processo criativo já começou e sair da inércia é muito importante. Espero que essas ideias possam ser usadas por você quando for criar uma campanha ou até mesmo um personagem e o teu RPG favorito não disponibilizar exatamente a classe que você queria.

Sucessos críticos!

quarta-feira, 16 de março de 2016

RPG é jogo ou hobby?


Olá pessoal!

Meu nome é Rubens e eu sou um errepegista da cidade de São Carlos, no interior do estado de São Paulo. Junto com meu amigo Tiago Squall organizo o evento Arena RPG.

Hoje eu quero falar de um assunto que me incomoda já há algum tempo. Fui criticado algumas vezes por ceifar a vida dos personagens dos jogadores sob a alegação de que, com isso, os jogadores não estariam se divertindo.

Primeiro eu gostaria de salientar que o RPG me foi apresentado como um jogo. Para simplificar muito eu vou definir jogo como uma atividade com regras, onde há a figura do jogador e que, em determinado momento o jogo deve acabar. Quando o jogo acaba, deve haver um vencedor, mesmo que o vencedor seja um grupo. Vide o futebol, por exemplo.

Com a idade e os compromissos o tempo disponível para jogar diminuiu um pouco e passei a ler mais do que jogar. Nesse momento o RPG assumiu a face de hobby. Eu lia os livros, mesmo que não tivesse um jogo marcado e passei a comprá-los, colecionando mesmo! É incrível como o RPG pode ser encarado, pura e simplesmente, como literatura, pois cada livro traz grande quantidade de histórias e referências externas sobre filmes e outras obras literárias.

Quero dizer que abordar o RPG como um jogo me agrada muito. Acho que sair de casa pra participar de uma atividade como o RPG, onde construímos uma história, sem que haja possibilidade de falhas é, no mínimo, decepcionante. Notem que essa é minha visão como jogador, mas como Mestre, acredito que devo apresentar um desafio ao grupo, para realmente fazer valer a pena e recompensá-los de forma verdadeira quando uma solução inventiva é proposta pelos jogadores.

O que vocês acham? Qual a opinião de vocês sobre esse assunto? Deixem suas opiniões, o RPG é um jogo que construímos juntos, cada um com o que sabe e que mais lhe agrada!

quinta-feira, 3 de março de 2016

Formando seu Grupo

Saudações a todos!

Meu nome é Rubens e eu sou um errepegista da cidade de São Carlos, no interior do estado de São Paulo. Junto com meu amigo Tiago Squall organizo o evento Arena RPG.

Com a aproximação de mais um Arena, um assunto torna-se pertinente. Tenho notado que muitas pessoas procuram a página do Arena RPG no Facebook a procura de um grupo de jogo e lhes garanto que, esse sempre foi o maior desafio de quem quer ingressar no mundo do RPG. A pessoa tem o contato inicial com o hobby de alguma forma, seja Internet, seja alguém da família ou amigos e, assim esperamos, ascende uma velinha de curiosidade.

Sendo assim, qual a solução? Você não é Mestre seu Rubens?

Calma, tenha muita calma, pois encontrar um grupo prontinho e que esteja disposto a incorporar um novo participante, nem sempre é possível!

Tivemos uma experiência em Descalvado, uma cidade vizinha à nossa, que nos chamou a atenção. Fizemos um Arena em Descalvado e recebemos um público que já conhecia o RPG. Além disso, o povo que participou já se conhecia! Além disso, tinha mestre jogando na minha mesa! Olá Mestre Careca! E aquelas pessoas, não eram um grupo! :(

Dito tudo isso, acredito que a melhor opção é criar seu próprio grupo. Certamente você faz parte de um grupo que se reúne para fazer algo em galera. Até escola conta nesse caso. Pois bem, o grupo você já tem, basta torna-lo um grupo de RPG! Para isso, basta um convite e pronto, as pessoas irão à sua reunião de RPG. Alguns vão porque confiam em você e outros irão porque confiam nos que confiam em você, mas as pessoas irão!

Outra coisa, você deve ser o mestre! Sim, você deve adquirir o jogo pelo qual se interessou, aprende-lo e convidar seu grupo! E é depois do convite aceito que o trabalho começa, pois você deve mostrar pra elas que o jogo é legal e que vale a pena "perder" uma tarde pra ele. Você e seu jogo novo vão competir com a TV, o videogame, além de outros jogos e atividades que seriam mais comodas, já que estão na rotina dessas pessoas.

Uma forma de tornar essa primeira aventura interessante é jogar com personagens e cenários famosos. Algum filme, HQ ou série que você saiba que o grupo curta, ou ao menos não rejeite.

O Mestre é um anfitrião, receba seus jogadores para uma cerimônia, mas sem cerimônias!

Espero que esse texto lhe de algumas ideias, até a próxima!